A Era do Fast-Food e os Distúrbios Alimentares

Fevereiro 18, 2017 No Comments »
A Era do Fast-Food e os Distúrbios Alimentares


O presente artigo tem como principal objetivo, a exploração dos distúrbios alimentares associados à tendência fast-food. Designada por comida de “plástico”, o modo alimentar de formato fast-food, alia comida calórica, rápida e que causa algum desconforto, quando ingerida com regularidade.

Distúrbio alimentar, é o termo usado para designar um padrão de comportamentos alimentares que causam sérios prejuízos à saúde de um indivíduo.

Frequentemente, apresentam as suas primeiras manifestações na adolescência.
O diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica apropriada são fundamentais para o controlo clínico e para um bom prognóstico.

A obsessão por corpos magros, leva a comportamentos desadequados que procuram evitar o excesso de peso, conduzindo a desequilíbrios emocionais, baixa auto-estima, entre outros.
Estes estados emocionais conflituosos e desadaptados da realidade, estão frequentemente associados aos distúrbios alimentares.

O apelo ao fast-food:

Nos dias que correm somos bombardeados diariamente com o marketing alimentar demasiado apelativo, que faz com que a maioria das crianças, adolescentes e adultos não resistam a comer pizzas, hambúrgueres, entre outros.
Esta tendência alimentar é a opção escolhida por muitos adolescentes, sobretudo aqueles que já apresentam alguns distúrbios alimentares.
Na infância cabe aos pais a árdua tarefa de educar, fazendo com que os seus filhos aprendam a comer com regras, explicando as consequências negativas da ingestão frequente do fast-food, no que diz respeito aos problemas de saúde.
Os gostos aprendem-se, e é na infância que estes devem de ser ensinados.

Na fase da adolescência, esta situação torna-se mais difícil de controlar, devido à liberdade e autonomia que estes têm, juntamente com o seu grupo de pares, para comer as chamadas “ porcarias”.
Obviamente que estas ingeridas duma forma controlada e esporádica, não são preocupantes.
Contudo, deverá haver uma reeducação alimentar por parte dos pais e outras figuras relevantes para a educação destes, no sentido, de os sensibilizar para aquisição de hábitos alimentares saudáveis complementados com a prática regular de exercício físico.

Ingestão alimentar compulsiva:

A ingestão alimentar compulsiva está relacionada com a Bulimia Nervosa, cujos principais sintomas são: a ingestão descontrolada de alimentos calóricos, em quantidades excessivas, para posteriormente ser acompanhado pela indução voluntária do vómito.
Existem estudos que comprovam que sentimentos de stress, ansiedade e infelicidade podem desencadear episódios de ingestão alimentar compulsiva.
Para estas pessoas comer, é a única forma de diminuir estes sintomas, que depois provocam sentimentos de culpa atenuados com a indução do vómito e intercalados com a prática de exercício físico excessivo e descontrolado.
Na alimentação das pessoas que sofrem deste distúrbio alimentar estão sobretudo as comidas fast-food e outros doces, na sua composição incluem sempre muitas gorduras e outras características prejudiciais à saúde.
Previamente à ingestão compulsiva, verifica-se em alguns casos, a existência de dietas alimentares restritas e descontroladas.

Principais consequências da ingestão de comidas fast-food:

A ingestão frequente deste tipo de alimentação, e a ausência de exercício físico regular poderá provocar a médio/longo prazo alguns problemas de saúde graves que consistem no:

  • Aparecimento de doenças coronárias;
  • Aumento dos níveis de colesterol;
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Mau estar físico geral;
  • Problemas gastrointestinais.

Intervenção nos distúrbios alimentares:

O objetivo é acompanhar as pessoas, ajudando-as adaptar novos estilos de vida, e a criar métodos adequados de perda de peso drástico, alertando-os para as consequências nocivas destes comportamento.
A aquisição de pensamentos negativos pode ser a principal responsável pela manutenção das perturbações alimentares.
A terapia cognitivo-comportamental, constitui um importante modelo de intervenção ajudando a desconstruir os pensamentos errados que desencadeiam comportamentos alimentares desadequados, através do registo dos referidos estados de humor, pensamentos e comportamentos alimentares.
O importante é encontrarem alternativas para resistir à ingestão compulsiva de alimentos e explorar os motivos que os levam adotar estes comportamentos desajustados

  • Ajudar a compreender os estados de humor associados aos distúrbios, identificando-os para ser possível alterá-los;
  • Ajudar a libertar de pensamentos e comportamentos auto-destrutivos.

Este acompanhamento pode variar, entre auto-ajuda até ao internamento hospitalar com equipas multidisciplinares.


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