Causas e tratamento da Depressão

Fevereiro 10, 2011 1 Comment »


Uma vez explicado o que é e quais os sintomas de uma depressão, vamos agora ver quais as causas e quais os possíveis tratamentos.

Quais as principais causas da Depressão?

Existem diversas causas que estão na origem da Depressão, dependendo de múltiplos factores, relacionados com a:

  • Personalidade da pessoa (baixa tolerância à frustração, pessoas mais dependentes, com tendência a desenvolverem sintomas de ansiedade e pânico)
  • O contexto onde estão inseridas (situações de stress, acontecimentos vivenciados como sendo traumáticos na vida das pessoas ex: acidente grave ou perda de alguém significativo, desemprego…)
  • Existem ainda estudos que comprovam que alguns factores genéticos também podem influenciar o aparecimento da Depressão. Ex: História de depressões no seio familiar…
  • O Género sexual: também influencia, sendo que as depressões são mais frequentes em pessoas do sexo feminino durante todo o ano, mas mais recorrentes na fase da adolescência, menstruação, pós parto e menopausa;
  • Doenças crónicas, sobretudo em pessoas que sofram de cancro, diabetes, histórias de acidentes vasculares cerebrais, Sida, entre outras ou que residam com familiares que padeçam de Demências (Alzheimer, Parkinson) ou outras patologias incapacitantes;
  • Dependência por uso e abuso de substâncias químicas (álcool, drogas)
  • Idosos (sobretudo em situação de abandono ou isolamento)

Tratamento da Depressão

Não existe um tratamento definido e linear para todos os indivíduos e situações.

Neste sentido, dever-se-á ter em consideração os principais sintomas, a duração dos mesmos, e identificar juntamente com o paciente o acontecimento ou situação que poderá estar na génese desta patologia.

Se existirem indícios ou sinais comprovados da existência da Depressão, após uma avaliação física e psicológica individualizada o tratamento poderá passar por:

  • Mudanças do estilo de vida (em contextos de stress são apresentadas alternativas e sugestões para adoptar um estilo de vida saudável que passa pela prática de exercício físico e alimentação equilibrada)
  • Psicoterapia (que poderá entre outros aspectos, trabalhar os aspectos negativos do pensamento que interferem e determinam os comportamentos adoptados, neste caso utiliza-se o modelo cognitivo-comportamental);
  • Anti- Depressivos (este tipo de fármacos são recomendados por psiquiatras/ médicos de família), contribuem para atenuar os sintomas e melhoram o estado de humor depressivo em que a pessoa se encontra. Estes medicamentos interferem na acção dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, no hipotálamo, que é a zona responsável por regular as emoções e o humor.

Importante:

Muitas pessoas ainda desconhecem ou desvalorizam os efeitos negativos e consequências prejudiciais que a toma prolongada de anti-depressivos provoca a nível físico e psicológico. Quando administrados sem prescrição médica ou por um período prolongado de tempo sem reavaliar a evolução da doença e os efeitos da medicação, os anti depressivos provocam uma elevada dependência quer física e psicologia. Em alguns casos, onde a ingestão destes é prolongada e onde se verifica ausência de avaliação médica e psicológica os pacientes relatam exemplos de incapacidade para adormecerem ou gerirem de forma adequada tarefas simples do quotidiano sem a toma de anti-depressivos.

Quando a doença é diagnosticada é essencial o acompanhamento psicológico frequente e caso se justifique deve-se introduzir o uso de anti-depressivos como complemento à psicoterapia.

Neste sentido é possível evitar situações de dependência de fármacos e contribuir para um tratamento mais eficaz da doença.


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