O Passado versus Presente
Na actualidade, assiste-se ao inverso. Porquê? Porque existem factores que anteriormente pouco ou nada se faziam notar, como a saúde (progressos da medicina e da melhoria da assistência médica), a escolaridade (as pessoas são mais “intelectualmente” preparadas, estudam mais o que as leva a terem cuidados com a saúde), o rendimento (é certo que existe um alargado número de desempregados, mas hoje em dia há pessoas que apresentam uma maior “decência” na vida, alimentando-se melhor e vivendo melhor). Estes factores apresentados fazem com que as pessoas consigam viver durante mais anos, contrariamente ao que acontecia no passado.
A esperança média de vida está directamente relacionada com o grau de desenvolvimento de cada país, o que significa que quanto mais desenvolvido for o país, maior será o número de anos que o sujeito terá, probabilidade de viver. Desta forma, seguindo esta visão, a população que vive nos Países Desenvolvidos apresenta uma melhor qualidade de vida do que a população que vive nos Países em vias de Desenvolvimento.
Quais as diferenças existentes entre o sexo feminino e masculino
Assim, relativamente à elevada esperança média de vida, mundialmente, as mulheres apresentam uma longevidade maior do que os homens (81,4 anos contra 74,9 anos). Existem várias razões que justificam tal expressão:
- A diferença biológica;
- A falta de vontade por parte dos homens em procurar atendimento médico;
- Os homens estão mais sujeitos a determinadas doenças devido ao tabagismo e ao consumo de álcool;
- E, têm mais acidentes de trabalho pois desempenham profissões de maior risco, enquanto que as mulheres têm mais cuidados com a alimentação e a saúde.
Dados demográficos
Com a elevada esperança média de vida, Portugal apresenta uma alargada população envelhecida.
Só para termos uma noção, no ano de 2005, os nascimentos foram pouco mais do que as mortes e o fluxo de imigrantes diminuiu. A população portuguesa está, desta forma, a estagnar, a envelhecer e com falta de activos para suportar os custos do envelhecimento (em Dezembro de 2005 havia 110 idosos para cada 100 jovens, mais um do que no ano anterior).
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou em 2008, que os dados demográficos mostram que a população portuguesa deixou de crescer e que está cada vez mais envelhecida, tendo a esperança média de vida aumentado nos últimos oito anos. No final de 2008, a população residente em Portugal era composta por 15,3% de jovens (menos de 15 anos), 17,6% de idosos (mais de 65 anos de idade) e 67,1% de população em idade activa (dos 15 aos 64).
O que é indispensável fazer?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) sustenta que os países poderão lidar bem com o envelhecimento, desde que os governos e a sociedade civil solicitem esforços por políticas e programas que melhorem a saúde, a participação social e a segurança dos cidadãos em todas as fases da vida. Face a todas estas considerações, possivelmente o que mais se teme é que o rápido envelhecimento da população produza uma explosão na assistência de saúde e nos custos da Segurança Social que escape a qualquer controle.
É preciso tomar iniciativas para se alcançar o objectivo de que as pessoas envelheçam preservando a sua dignidade e continuem a ser capazes de ter uma vida independente e produtiva, e não se transformem num “estorvo” ou numa ameaça para as gerações mais jovens.
As formas de envelhecer e a ajuda dos profissionais:
Deve-se ter ciente que a população tem diferentes formas de envelhecer. O envelhecimento normal (associado a limitações resultantes do avançar da idade), patológico (atribuindo-se doenças como a diabetes, tensão alta, problemas cardiovasculares, etc.) e, por fim, o bem sucedido ou activo.
É aqui que o Educador Social entra em acção, no auxílio das pessoas idosas para que tenham um envelhecimento saudável, e lhes proporcione anos de bem-estar ajudando na autonomia individual. Desenvolve actividades, incentiva no voluntariado, encoraja os séniores a praticar a actividade física regular a fim de cuidar da saúde, organiza viagens de interesse, entre outras (todas estas actividades podem ser realizadas por parte dos Educadores Sociais em Instituições como: Lares da 3ª Idade, Centros de Dia, Universidades Séniores e Serviço ao Domicílio).
De forma complementar as principais funções do Psicólogo, nesta fase, vai no sentido de promover ou melhorar a auto-estima do idoso, desenvolvendo empatia e avaliando a estrutura mental e cognitiva do mesmo através da aplicação de testes de memória e trabalhar com eles as suas potencialidades, a fim dos idosos se sentirem úteis e “vivos” para a sociedade.
É importante não esquecer que é nesta fase da vida que as pessoas têm mais tempo de “viver” para si e não apenas “viver” para os outros.
Sobre a autora deste artigo:
“Chamo-me Ana Teresa e estudo no 2ºano do Curso de Educação Social no Instituto Politécnico de Viseu na Escola Superior de Educação. A Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) foi a primeira unidade orgânica de um Instituto Politécnico a entrar em funcionamento em Portugal.”
Gostei desta análise sobre o tema. A preocupação demonstrada é atual e a autora está de parabéns. Venha o próximo.
Obrigada 😀
É a realidade que se assiste no nosso país e deve ser vista com “outros olhos” e não com os mesmos que observavam Portugal até 1960(aproximadamente).
Virá com certeza
Neste tema, penso que existem 2 pontos opostos: o facto do aumento da esperança média de vida significar desenvolvimento do próprio país, devido a vários progressos [“A esperança média de vida está directamente relacionada com o grau de desenvolvimento de cada país” […] “a população que vive nos Países Desenvolvidos apresenta uma melhor qualidade de vida do que a população que vive nos Países em vias de Desenvolvimento.”]; e os pontos menos bons do envelhecimento em relaçao à realidade de Portugal nos dias de hoje, [“A população portuguesa está, desta forma, a estagnar, a envelhecer e com falta de activos para suportar os custos do envelhecimento” […] “possivelmente o que mais se teme é que o rápido envelhecimento da população produza uma explosão na assistência de saúde e nos custos da Segurança Social que escape a qualquer controle.”], e, na situaçao em que nos encontramos, o esforço terá de ser multiplicado por parte do “governos e a sociedade civil” para podermos sustentar esta realidade. Em suma, como foi lido, “a população portuguesa deixou de crescer e está cada vez mais envelhecida”.
Neste tema, penso que existem 2 pontos opostos: o facto do aumento da esperança média de vida significar desenvolvimento do próprio país, devido a vários progressos [“A esperança média de vida está directamente relacionada com o grau de desenvolvimento de cada país” […] “a população que vive nos Países Desenvolvidos apresenta uma melhor qualidade de vida do que a população que vive nos Países em vias de Desenvolvimento.”]; e os pontos menos bons do envelhecimento em relaçao à realidade de Portugal nos dias de hoje, [“A população portuguesa está, desta forma, a estagnar, a envelhecer e com falta de activos para suportar os custos do envelhecimento” […] “possivelmente o que mais se teme é que o rápido envelhecimento da população produza uma explosão na assistência de saúde e nos custos da Segurança Social que escape a qualquer controle.”], e, na situaçao em que nos encontramos, o esforço terá de ser multiplicado por parte do “governos e a sociedade civil” para podermos sustentar esta realidade.
Em suma, como foi lido, “a população portuguesa deixou de crescer e está cada vez mais envelhecida”.
Olá Rafaela…
De facto o artigo apresenta no seu conteúdo 2 pontos que acabam por se complementar, embora pareçam opostos.. no entanto, reflectem efectivamente a realidade actual nos paises desenvolvidos. Hoje em dia, verifica-se um aumento da esperança média de vida, devido a vários factores, entre os quais os avanços da medicina, situação esta que apenas se verifica nos paises desenvolvidos, e que se traduz, numa melhoria da qualidade de vida. Simultaneamente a isto, verifica-se um envelhecimento gradual da população e uma diminuição de respostas adequadas relativamente a vários niveis: sobretudo na saúde e na àrea social tendo em conta, a realidade do nosso país, que possam acompanhar o avanço do envelhecimento.Neste sentido, pode-se mesmo coniderar que estamos a ficar cada vez mais “velhos” e ao mesmo tempo, estão também a envelhecer as medidas e recursos da sociedade que possam promover a qualidade de vida nesta faixa etária.
Quero assim agradeçer a leitura atenta e o seu comentário pertinente e sugerir o artigo relacionado com este tema:
http://www.psicologia4u.com/tag/idosos-solidao/
A solidão numa prespectiva psicológica e social.
Obrigada amiga pelo comentário
Tal como a Célia responde, é sem dúvida nenhuma a realidade que se apresenta nos Países Desenvolvidos.
Vendo a situação na actualidade, imagina quando chegar a nossa vez… aí, vai haver um número ainda maior de pessoas idosas em Portugal, já que a natalidade está a regredir e a população a envelhecer. Se não se realizarem medidas que façam alterar esta realidade, esta será de certeza a mais provável de acontecer.
Obrigada Célia pela sugestão desse artigo.
Obrigado eu pelo excelente trabalho da Célia e da minha grande amiga Teresa
Agradeço tambem o artigo sugerido.
Parabens pelo site que está bastante bem elaborado, e para todos os colaboradores.
Ó Dininha sinceramente obrigada! 😀
Espero que continues as tuas leituras e comentários sobre os artigos. Afinal de contas também é importante para uma futura Licenciada em Comunicação Social conhecer estes temas.
Beijinhos