O que é a Depressão? Algo que tantas vezes se ouve…
É frequente ouvir expressões como: “Estou com um esgotamento” ou “Ando com depressão” sem manifestarem sintomas e sinais evidentes da existência da doença. Existem ainda evidências concretas de ideias erradas que confundem tristeza com depressão.
A verdade é que a depressão condiciona a forma como as pessoas encaram a vida, interfere na gestão adequada de actividades do quotidiano alterando os sentimentos e o modo de sentir e vivenciar as emoções.
Quais os sintomas da Depressão?
A Perturbação Depressiva Major (Depressão) reúne os seguintes critérios:
Inserida no grupo das PERTURBAÇÔES DO HUMOR, para considerarmos que uma pessoa se encontra com Depressão é necessário verificar a presença repetitiva de alguns dos sintomas, que serão apresentados de seguida, durante pelo menos DUAS semanas:
- Perda de interesse ou prazer em fazer ou planear determinadas actividades ou tarefas que anteriormente tinham importância conduzindo ao isolamento social;
- Perda ou Ganho significativo de peso sem estar em dieta, ou diminuição ou aumento do apetite (nunca se verifica um meio termo, mas sim os extremos);
- Insónia ou vontade excessiva de dormir, (como forma de esquecer ou desligar-se da realidade vivenciada como dolorosa);
- Agitação ou lentidão psicomotora (a pessoa aparenta estar cansada e sem forças para fazer o que quer que seja);
- Sentimento de inutilidade, culpa excessiva ou inadequada;
- Capacidade diminuída de pensar e fraca concentração;
- Dores Físicas (cabeça, ombros ou dores generalizadas);
- Pensamentos de Morte recorrentes acompanhadas de ideias que muitas vezes podem conduzir ao suicídio – Neste caso a perturbação já se encontra num estado avançado.
Embora não exista um padrão rígido de sinais e sintomas iguais para todas as pessoas, estes são os sintomas gerais que a Depressão desencadeia no ser humano.
Em relação ao tratamento das depressoes brevemente publicarei um novo artigo…
Espero ter contribuido para clarificar e esclarecer a sintomatologia e as causas desta patologia.
Como não poderia deixar passar este tema sem um pequeno comentário, também sobre a questão da adolescência.
“A maioria dos jovens passa esta fase sem quaquer problemas emocionais, mas outro têm episodio de depressão ligeira a grave o que pode conduzir a pensamentos suicidadas ou tentativas de suicidio. Antes da puberdade as taxas de perturbãção emocional são maiores nos rapazes do que nas raparigas, mas depois dos 15 anos as raparigas têm aproximadamente 2 vezes mais probabilidades de ficarem deprimidas do que os rapazes. possivelmente as raparigas são menos assertivas ao lidarem com o desafio e a mudança e isto associado a maiores desafios e mudanças que enfrentam durante a adolescência inicial, coloca-as em maior risco.
Ainda outro factor a considerar é a preocupação com a aparência. as raparifgas têm tendência a ficar mais infelizes com o seu aspecto que os rapazes por causa do maior enfase cultural dos atributos fisicos das mulheres. Alem disso, os rapazes podem ter modos mais eficazes para lidar com o humor depressivo: tipicamente distraem-se até o humor desaparecer, as raparigas tendem a olhar para as razões da sua depressão. O tratamento com medicação por vezes resulta bem com adultos deprimidos, mas por razões que não são claras, não provam ser eficazes na depressão do adolescente. Contudo a Psicoterapia tem levado a melhorias.”
-Texto cedido pela Prof e Psicologa Paula Júlio (IEFP)