O Encontro com a AutoEstima

Janeiro 21, 2012 No Comments »
O Encontro com a AutoEstima


“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem”. Richard Bach

Todos nós desejamos ir ao encontro da nossa Autoestima, mesmo que para isso sejam necessários elevados gastos financeiros ou enfrentar situações difíceis de lidar. Tudo é realizado em prol de mais um pouco de autoestima, imprescindível para sentirmos segurança, atitude, e força para viver.

Mas então o que é autoestima? Qual a sua importância? E qual o motivo de ser cada vez mais desejada?
Estas são algumas questões que pretendo esclarecer ao longo deste artigo como forma de auto-ajuda para aqueles que têm dificuldades em encontrar a tão pretendida autoestima.

O que é Autoestima?

A AutoEstima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si própria como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003).
A auto-estima envolve diversas crenças ou pensamentos auto significativos, como por exemplo: “Eu sou competente/incompetente” e emoções importantes associadas, por exemplo: triunfo/desespero. Também encontra expressão no comportamento, por exemplo: assertividade/temeridade, confiança/cautela. A auto-estima pode ainda ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). Em suma, a auto-estima pode ser específica de uma dimensão particular: por exemplo, “Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso”, ou de extensão global, por exemplo: “Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral”.

A autoestima desenvolve-se a partir da auto imagem positiva que temos de nós, é algo que gradualmente e de forma pro-ativa vamos construindo ao longo do tempo. A autoestima não se constrói na passividade, nem quando pensamos que advém dos acontecimentos exteriores, mas desenvolve-se no mundo real e de forma ativa.

Principais Sintomas e Sinais de Baixa Auto-Estima:

São variados os motivos que conduzem à baixa autoestima, eis alguns sintomas psicológicos que acabam por desencadear sinais físicos que evidenciam baixa autoestima. Quando a insuficiência de auto-estima perdura durante algum tempo, pode conduzir à depressão.

• Pensar de forma obcecada sobre si mesmo, analisando constantemente a personalidade questionando o motivo: “de sermos assim”;

• Ter receio das adversidades, do quotidiano provocando uma enorme angústia.

• Não sorrir com facilidade, apresentando na maioria dos dias um semblante carregado.

• Ter uma visão negativa, desesperançada de si mesmo, da sua família e da sociedade em geral;

• Sentir-se com um cansaço intenso sem motivos aparentes.

• Preferência pelo isolamento, perdendo a vontade de realizar atividades ou tarefas que anteriormente eram vivenciadas com prazer e interesse (sintoma associado a estados depressivos).

• Dificuldade em manter contacto com os amigos ou fazer novas amizades, evitando contacto ocular (não olhar diretamente nos olhos), e demonstração de afetos e manifestação de confiança em si próprio e nos outros;

• Recusa em arriscar ou adotar uma atitude de mudança;

• Pensamentos pessimistas e verbalizações negativas do mundo e das pessoas ao seu redor.

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Estes sintomas poderão ser causas diretas de um exemplo muito atual como ter uma auto imagem negativa, motivo pelo qual leva algumas mulheres a recorrerem a cirurgias estéticas, neste caso, em busca de uma forma física com a qual se identifiquem e se sintam melhor.

Porque é que a busca pela AutoEstima é tão Importante?

Um dos problemas de quem apresenta baixa autoestima é o tipo de discurso interior. Normalmente estas pessoas têm diálogos interiores pessimistas e de conotação negativa, o que provoca uma diminuição da autoestima.
Muitas dessas mensagens negativas são aprendidas durante a infância, incutidas por professores, pais, amigos e até pelos meios de comunicação, criando estigmas na sociedade.
O problema inicia quando começamos a repetir essas mensagens negativas com muita frequência, normalmente em alturas mais difíceis das nossas vidas, como a perda do emprego, uma recusa ou outro incidente infeliz.

Algumas das mensagens negativas comuns, que as pessoas repetem para si mesmas, incluem:

• Não sirvo para nada
• Não sei fazer nada direito
• Ninguém gosta de mim
• Sou um falhado
• Não tenho sorte nenhuma
• Só a mim é que me acontece isto.

Os que repetem estas mensagens, acreditando no seu significado acabam por incutir esses valores e começam a moldar-se a essas imagens negativas, desenvolvendo deste modo baixa autoestima.
Se está num local novo e ninguém fala consigo imediatamente, poderá pensar que é por ninguém gostar de si, em vez de pensar que as outras pessoas também não se sentem confortáveis a abordar estranhos em eventos sociais. Como pensou negativamente acerca de si, acaba por prejudicar a sua auto-estima e sentir-se mal.
Estas mensagens interiores são tão frequentes e sucedem-se quase de forma automática, que a maioria das pessoas nem se apercebe que está a acionar esses pensamentos e as consequências que podem advir desse comportamento, por isso é muito importante estar alerta e reconhecer imediatamente esse tipo de diálogo interior, de forma a travá-lo.

Registe os seus pensamentos:

Uma estratégia que poderá utilizar quando detetar um destes pensamentos poderá ser registá-los num bloco de notas, ao utilizar este procedimento começará a aperceber-se dos momentos em que surgem estes pensamentos (poderá ser em alturas de cansaço físico ou maior stress) e poderá travar o seu desenvolvimento.
Um outro aspeto positivo de registar os pensamentos negativos é que poderá analisá-los posteriormente de forma concreta. Assim desta forma poderá ajudar a refletir o porque de surgirem, a forma como reagiu, o que funcionou (ou não funcionou) e se foi um sentimento verdadeiro ou apenas um produto da sua imaginação negativa.

No próximo artigo irei focar e explorar os principais mecanismos de busca de autoestima, bem como, algumas das principais sugestões e dicas práticas para alcançar de forma mais acessível a sua autoestima.


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