“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem”. Richard Bach
Mas então o que é autoestima? Qual a sua importância? E qual o motivo de ser cada vez mais desejada?
Estas são algumas questões que pretendo esclarecer ao longo deste artigo como forma de auto-ajuda para aqueles que têm dificuldades em encontrar a tão pretendida autoestima.
O que é Autoestima?
A AutoEstima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si própria como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003).
A auto-estima envolve diversas crenças ou pensamentos auto significativos, como por exemplo: “Eu sou competente/incompetente” e emoções importantes associadas, por exemplo: triunfo/desespero. Também encontra expressão no comportamento, por exemplo: assertividade/temeridade, confiança/cautela. A auto-estima pode ainda ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). Em suma, a auto-estima pode ser específica de uma dimensão particular: por exemplo, “Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso”, ou de extensão global, por exemplo: “Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral”.
A autoestima desenvolve-se a partir da auto imagem positiva que temos de nós, é algo que gradualmente e de forma pro-ativa vamos construindo ao longo do tempo. A autoestima não se constrói na passividade, nem quando pensamos que advém dos acontecimentos exteriores, mas desenvolve-se no mundo real e de forma ativa.
Principais Sintomas e Sinais de Baixa Auto-Estima:
São variados os motivos que conduzem à baixa autoestima, eis alguns sintomas psicológicos que acabam por desencadear sinais físicos que evidenciam baixa autoestima. Quando a insuficiência de auto-estima perdura durante algum tempo, pode conduzir à depressão.
• Pensar de forma obcecada sobre si mesmo, analisando constantemente a personalidade questionando o motivo: “de sermos assim”;
• Ter receio das adversidades, do quotidiano provocando uma enorme angústia.
• Não sorrir com facilidade, apresentando na maioria dos dias um semblante carregado.
• Ter uma visão negativa, desesperançada de si mesmo, da sua família e da sociedade em geral;
• Sentir-se com um cansaço intenso sem motivos aparentes.
• Preferência pelo isolamento, perdendo a vontade de realizar atividades ou tarefas que anteriormente eram vivenciadas com prazer e interesse (sintoma associado a estados depressivos).
• Dificuldade em manter contacto com os amigos ou fazer novas amizades, evitando contacto ocular (não olhar diretamente nos olhos), e demonstração de afetos e manifestação de confiança em si próprio e nos outros;
• Recusa em arriscar ou adotar uma atitude de mudança;
• Pensamentos pessimistas e verbalizações negativas do mundo e das pessoas ao seu redor.
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Estes sintomas poderão ser causas diretas de um exemplo muito atual como ter uma auto imagem negativa, motivo pelo qual leva algumas mulheres a recorrerem a cirurgias estéticas, neste caso, em busca de uma forma física com a qual se identifiquem e se sintam melhor.
Porque é que a busca pela AutoEstima é tão Importante?
Um dos problemas de quem apresenta baixa autoestima é o tipo de discurso interior. Normalmente estas pessoas têm diálogos interiores pessimistas e de conotação negativa, o que provoca uma diminuição da autoestima.
Muitas dessas mensagens negativas são aprendidas durante a infância, incutidas por professores, pais, amigos e até pelos meios de comunicação, criando estigmas na sociedade.
O problema inicia quando começamos a repetir essas mensagens negativas com muita frequência, normalmente em alturas mais difíceis das nossas vidas, como a perda do emprego, uma recusa ou outro incidente infeliz.
Algumas das mensagens negativas comuns, que as pessoas repetem para si mesmas, incluem:
• Não sirvo para nada
• Não sei fazer nada direito
• Ninguém gosta de mim
• Sou um falhado
• Não tenho sorte nenhuma
• Só a mim é que me acontece isto.
Os que repetem estas mensagens, acreditando no seu significado acabam por incutir esses valores e começam a moldar-se a essas imagens negativas, desenvolvendo deste modo baixa autoestima.
Se está num local novo e ninguém fala consigo imediatamente, poderá pensar que é por ninguém gostar de si, em vez de pensar que as outras pessoas também não se sentem confortáveis a abordar estranhos em eventos sociais. Como pensou negativamente acerca de si, acaba por prejudicar a sua auto-estima e sentir-se mal.
Estas mensagens interiores são tão frequentes e sucedem-se quase de forma automática, que a maioria das pessoas nem se apercebe que está a acionar esses pensamentos e as consequências que podem advir desse comportamento, por isso é muito importante estar alerta e reconhecer imediatamente esse tipo de diálogo interior, de forma a travá-lo.
Registe os seus pensamentos:
Uma estratégia que poderá utilizar quando detetar um destes pensamentos poderá ser registá-los num bloco de notas, ao utilizar este procedimento começará a aperceber-se dos momentos em que surgem estes pensamentos (poderá ser em alturas de cansaço físico ou maior stress) e poderá travar o seu desenvolvimento.
Um outro aspeto positivo de registar os pensamentos negativos é que poderá analisá-los posteriormente de forma concreta. Assim desta forma poderá ajudar a refletir o porque de surgirem, a forma como reagiu, o que funcionou (ou não funcionou) e se foi um sentimento verdadeiro ou apenas um produto da sua imaginação negativa.
No próximo artigo irei focar e explorar os principais mecanismos de busca de autoestima, bem como, algumas das principais sugestões e dicas práticas para alcançar de forma mais acessível a sua autoestima.