A Importância do Diálogo na Educação

Setembro 30, 2011 Comentários fechados em A Importância do Diálogo na Educação


“O diálogo: como atitude própria humana, expressão da capacidade de perguntar  e responder ao outro, como igual, é componente fundamental da educação.”

É do senso comum que o diálogo quando assertivo e adequado é fundamental e necessário ao desenvolvimento do ser humano em todas as fases da sua vida, sobretudo na infância, onde se encontra a base da educação.

No entanto, algo que nos parece tão simples como o diálogo é frequentemente descurado, ou remetido para segundo plano. Sem pensarmos demasiado, facilmente nos apercebemos que a educação e o diálogo caminham lado a lado. Assim torna-se de extrema relevância alertar os pais, cuidadores, familiares, educadores e todos em geral para a Importância do Diálogo na Educação.

No que diz respeito aos conceitos mais latos:

Diálogo é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas, que pretendem transmitir ou partilhar ideias, pensamentos, sentimentos, valores, entre muitos outros aspectos essenciais ao desenvolvimento psicológico, emocional e cognitivo do ser humano.

Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenómeno observado em qualquer sociedade. Enquanto processo de socialização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.

A nossa sociedade alimenta-se de diálogo e é através deste que assistimos ao progresso da educação. No entanto, quando o diálogo é inquinado, desadequado ou simplesmente ausente, passamos a assistir ao inverso e verifica-se deste modo um acentuado decréscimo da educação.

Dicas para pais ou educadores:

  • Os pais ou os educadores devem ter bem presente que dar feedback à criança, ou seja, emitir críticas ou por outro lado elogios, para além de útil é essencial. Repreende-las ou castigá-las só pelo simples facto de terem agido incorrectamente em determinada situação, não é apenas insuficiente, como também se torna inútil na educação. As crianças necessitam entender através do diálogo, de forma simples, o motivo pelo qual erraram ou por outro lado o porque de terem feito algo correcto que merece um reforço positivo.
  • É difícil para as crianças ficarem ou manterem-se motivadas, quando não têm certeza se estão ou não no caminho certo. Sem dúvida, que transmitir informação bem estruturada e feedback frequente é um dos aspectos de maior relevância na árdua tarefa educacional dos pais ou educadores.

No entanto, por vezes o feedback que se fornece parece ser tudo menos motivador e orientador. Mesmo com as melhores intenções, as palavras de encorajamento ou desaprovação podem facilmente não serem bem interpretadas ou parecem não surtir efeito, e muitos de nós apresentamos dificuldade em entender o motivo. Felizmente, estudos científicos sobre Motivação explicam a causa de alguns tipos de feedback funcionarem e outros não. Se sente que cometeu algum tipo de erro ou está com dificuldades de comunicação com a criança, então pode tentar melhorar dando o seu feedback mais assertivo ou adequado.

É importante ter em consideração 3 ideias-chave:

  1. Não deve utilizar o mesmo tom de voz quando está a tentar demosntrar à criança que errou ou teve um comportamento desadequado e quando está a tentar ser carinhoso ou a reforçar de forma positiva uma atitude correcta. Desde muito cedo as crianças associam o tom de voz á situação, assim não vão entender com clareza o que os pais pretendem transmitir.
  2. Evite a agressão fisica no momento de punir a criança, quando esta fez algo de errado, o castigo maior passa por privá-la de algo que lhe ofereça mais interesse: ver televisão, brincar com um brinquedo preferido, entre outros,durante um determinado período de tempo.
  3. Estabeleça regras à criança e defina horários com esta: para fazer os trabalhos de casa, para ver televisão, para brincar, e explique as mesmas regras para que esta entenda a importância destas.

O domínio das habilidades, o desenvolvimento das competências e a evolução ao nível cognitivo poderão ser concretizados a partir da capacitação intelectual do indivíduo; mas, para isso, o ser humano necessita viver em sociedade e ajudar-se mutuamente.

O educador somente poderá ensinar quando aprender e, para isso, é preciso ter conhecimento, que é adquirido com diálogo, troca de experiências e pesquisa científica. Para tal, é necessário ter a capacidade de admitir que não se tem conhecimento de tudo e saber avaliar as atitudes positivas e negativas.

As crianças que crescem num ambiente onde predomina a violência e a agressividade irão, seguramente, reproduzir esses valores como as notícias que retratam um mundo violento: crianças e idosos abandonados, vítimas de agressões ou bullying. O mais alarmante é que, muitas vezes, estas práticas são infligidas pela própria família.

Desta forma, as figuras parentais, devem respeitar todos aqueles que trabalham na Escola e utilizem o método do diálogo com os órgãos competentes para a resolução dos problemas que surgirem.

Desta maneira, estaremos a ensinar as crianças a serem cidadãos responsáveis, interventivos, críticos e felizes.


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