Um esquecimento chamado ALZHEIMER

Abril 18, 2011 2 Comments »
Um esquecimento chamado ALZHEIMER


Talvez por reconhecer que o ALZHEIMER é uma das doenças mais devastadoras a nível cognitivo, decidi aborda-la de forma simples sem esquecer a sua gravidade. 

O Alzheimer é uma doença degenerativa (deteriora o nosso Sistema Nervoso Central) que não tem cura mas que apresenta tratamento. Este permite melhorar a saúde, adiar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e à sua família. Esta doença surgiu pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Actualmente é a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos em países como o Brasil e Portugal.

Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de uma forma individual, no entanto, existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de stress. No entanto, quando existem suspeitas da existência da doença o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos e radiológicos.

 

alzheimer

Quais os principais sintomas do ALZHEIMER?

Com o avançar da patologia vão aparecendo novos sintomas como:

  • Confusão mental;
  • Irritabilidade e agressividade,
  • Alterações de humor,
  • Falhas na linguagem,
  • Perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade.

Antes de se tornar evidente a doença de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticada e assintomática (sem sintomas) durante anos.

Como prevenir o ALZHEIMER?

A título de curiosidade após uma breve pesquisa fiquei a saber que o Alzheimer é quatro vezes mais comum em analfabetos do que em pessoas com mais de oito anos de estudo. Esta situação está relacionada com o exercício mental ao qual as pessoas que estudam estão submetidas ao contrário das que não exercitam a mente sendo maior probabilidade de desenvolverem a doença.

De que forma podemos prevenir esta doença?

Actualmente, parece não existir provas fundamentadas que indicam que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida no combate ao Alzheimer. No entanto, estudos indicam relações entre factores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou actividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. Mas apenas com uma pesquisa mais exaustiva, incluindo testes clínicos, revelarão se, de facto, esses factores podem ajudar a prevenir o Alzheimer.

  • A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de Alzheimer.
  • Actividades intelectuais como ler, escrever com a mão esquerda, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, sopa de letras, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade do Alzheimer.

Qual é a causa da doença de Alzheimer?

A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada.

No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.

Como se faz o diagnóstico?

Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia.

Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância magnética, entre outros exames ao cérebro.

Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades do paciente vir a ter a doença de Alzheimer.

Para terminar este artigo sugiro a leitura de um livro que aborda de forma interessante o tema e que explora a longa caminhada do ALZHEIMER.

Sugestão de Leitura: Ainda Alice, da escritora Lisa Genova (Licenciada em Psicologia e com doutoramento em Neurociências pela Universidade de Harvard)

O próximo artigo será direccionado para o tratamento da doença e para os cuidadores que contactam directamente com aqueles que sofrem desta forma de esquecimento crónico.


Comentários

Comentários

2 Comments

  1. Teresa Meneses 24 de Setembro de 2011 at 15:25 - Reply

    Também fiquei a conhecer esta realidade: “… o Alzheimer é quatro vezes mais comum em analfabetos do que em pessoas com mais de oito anos de estudo. Esta situação está relacionada com o exercício mental ao qual as pessoas que estudam estão submetidas ao contrário das que não exercitam a mente sendo maior probabilidade de desenvolverem a doença.”

    Parabéns pelo artigo!

Leave A Response

*
Read previous post:
Tratamento Depressão
Causas e tratamento da Depressão

Uma vez explicado o que é e quais os sintomas de uma depressão, vamos agora ver quais as causas e...

Close